Pequena Central Hidrelétrica de Pandeiros e seu efeito sobre moluscos aquáticos invasores
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bioindicadores, Corbicula flumínea, espécies invasoras, macroinvertebrados bentônicos, Melanoides tuberculataResumo
Uma das maiores ameaças para a biodiversidade é a introdução de espécies invasoras. Essas espécies ameaçam as espécies nativas e causam grandes prejuízos econômicos. Sua presença está intimamente relacionada a represas hidrelétricas, pois estas alteram substancialmente os ecossistemas fluviais e sua biota. No entanto, a maioria dos estudos sobre seus impactos ecológicos é baseada em grandes barragens e fornece pouca informação sobre a relação de espécies invasoras com pequenas centrais hidrelétricas, que são muito mais abundantes e numerosas no Brasil. O objetivo desse trabalho foi caracterizar os efeitos da PCH Pandeiros sobre a distribuição de moluscos invasores no rio Pandeiros. Esperou-se encontrar espécies nativas sensíveis associadas aos locais de curso livre, enquanto os taxóns resistentes e invasores eram esperados em locais afetados pela barragem. Descobriu-se que a estrutura das assembleias de macroinvertebrados bentônicos foi significativamente diferente entre os sítios amostrais de curso livre e os afetados pela barragem. Além disso, descobriu-se que a represa e o reservatório facilitaram a colonização de duas espécies invasoras (Corbicula fluminea e Melanoides tuberculata) porque somente nesses locais elas foram encontradas em alta abundância. No entanto, embora a barragem tenha tido efeitos significativos na estrutura das assembleias de macroinvertebrados bentônicos, esses efeitos foram limitados a locais próximos à barragem. Os resultados também destacam a necessidade de compreender as mudanças físicas de habitat causadas pela presença e manejo de barragens e reservatórios a fio d’água. Recomenda-se o descomissionamento da PCH Pandeiros como medida de gestão ambiental para restabelecer a diversidade de habitats para espécies nativas e como medida mitigadora para as espécies invasoras de moluscos aquáticos.
Palavras-chave: bioindicadores, Corbicula flumínea, espécies invasoras, macroinvertebrados bentônicos, Melanoides tuberculata.